Vazio fértil, narcisismo exacerbado
Deserção no plano político e ideológico
Rapidamente digo adeus ao analógico
Niilismo latente que me deixa perturbado
Mato Deus, Marx, revolução e trabalho
Não tenho mais a identidade moderna do burguês
Da multiplicidade e da extravagância melancólica me torno freguês
Desencanto, desordem, descrença, calvário
Na exacerbação de simulacros fertilizados pela comunicação em massa
Torno-me frio, liberal e sem limites
Um andróide melancólico sem palpites
No consumismo tenho o êxtase, mas que no fundo não me trazem a graça
Na entropia risonha e fria vou calcando meus pilares (se é que tenho)
Mas a minha apatia risonha não me mostra caminhos
No meio de uma multidão me sinto sozinho
Desubstancializado, sou um robô nos lares
Rodrigo Lisboa
rgomeslisboa@yahoo.com.br

Democracia se come?
ResponderExcluirO ser humano e sua ideologia burra de que é livre!
Pobre diabo! --'